segunda-feira, 3 de julho de 2017

Algumas Revoluções Socialistas no Seculo XX


REVOLUÇÕES SOCIALISTAS NO SECULO XX
REVOLUÇÃO RUSSA (1917)
     Em meados do século XIX, a Rússia mantinha relações feudais no campo. Os servos (mujiques) não podiam abandonar as terras, onde ficavam sob a tutela de nobres (boiardos). Um segmento social rural --- os kulaks, uma pequena burguesia agrária --- era formado por camponeses mias bastados, que empregavam trabalhadores assalariados.
     Apenas no fim do século XIX o país começou a se industrializar, com financiamentos estrangeiros. O estado imperial era comandado por um imperador (czar) despótico, que tomava todas as decisões administrativas. Até o início do século XX, 85% da população russa vivia no campo e apresentava estruturas sociais e econômicas tipicamente agrárias.
      Em 1890, fundou-se o primeiro partido político de tendência socialista, o Partido Operário Social Democrata Russo, liderado por Lenin, Trotski e outros. Em 1903, o partido estava dividido em dois. O grupo dos mencheviques defendia alianças com a burguesia para que a Rússia atingisse o desenvolvimento capitalista pretendido por Marx, para depois concretizar a revolução que conduziria o país ao socialismo. A facção liderada por Lenin, os bolcheviques, acreditava que a revolução deveria ser feita de imediato, pela aliança entre operário e camponeses liderados pelo partido.
       Em 1904, a participação e a derrota russa Guerra Russo- Japonesa acentuaram a crise do regime czarista e agravaram a miséria em que vivia a população. Uma série de greves estabeleceu-se por todo o país.
       Em 1905, mais de mil pessoas foram mortas em uma manifestação em São Petersburgo; o episódio ficou conhecido como domingo sangrento. A partir de então, protestos violentos intensificaram-se em todo o país. Os operários criaram conselhos denominados sovietes, para analisar em conjunto as decisões a serem adotadas contra o regime.
       Em agosto do mesmo ano, o czar determinou a criação da Duma (Parlamento). Dois meses depois, diante das pressões populares, publicou o Manifesto de outubro, substituindo o regime por uma monarquia constitucional.
       Em 1914, na entrada da Rússia na primeira Guerra Mundial gerou intensos protestos. Com soldados mal-equipados e sem um comando eficiente, a Rússia perdeu quatro milhões de homens. Internamente, a crise intensificava-se à medida que aumentava os gastos militares. As greves alastravam-se e a cidade de Petrogrado foi o palco inicial de uma revolução que percorreu o país, em fevereiro de 1917.
      A vitória da revolução ocorreu em três dias, com a tomada dos prédios públicos. O soviete de deputados operários reuniu-se, enquanto um comitê provisório da Duma preparava-se para assumir o governo. Era o fim do regime czarista russo.
      O comitê provisório da Duma foi transformado em um governo provisório, chefiado por Kerenski, que manteve a Rússia na guerra.
       Lenin retornou na suíça, onde ficou exilado desde a revolução de 1905, trazendo um programa de ação revolucionária ---- as Teses de Abril ---- que propunha o estabelecimento da paz, “todo o poder aos sovietes”, a nacionalização dos bancos, o controle operário sobre as fábricas e usinas e a ocupação das terras pelos camponeses.
       O governo provisório passou à perseguir os líderes bolcheviques e a reprimir movimentos populares. Lenin refugiou-se na Finlândia.
       Depois de tornar-se presidente do Soviete de Petrogrado, Trotski organizou uma milícia popular para enfrentar as forças do governo --- a Guarda Vermelha.
       Retornado da Finlândia, Lenin assumiu o comando da revolução ao lado de Trotski e de outros líderes do Partido Bolchevique, como Stalin, Bukarin e Kirov.
       Na noite de 24 de outubro (6 de novembro no calendário ocidental), os bolcheviques ocuparam os principais órgãos do governo, enquanto o povo tomava as ruas de Petrogrado e o couraçado Aurora bombardeava o Palácio de Inverno. Sem o respaldo das tropas que já estavam aliadas aos revolucionários, Kerenski fugiu, e Lenin chegou ao poder. Estava consagrada a Revolução Socialista de Outubro de 1917.

GOVERNO LENIN (1917-1924)
        
Em março de 1918, a Rússia retirou-se da Primeira Guerra Mundial pelo acordo de paz de Brest-Litovsky.
         As primeiras decisões socialistas do governo Lenin foram o confisco sumário e sem indenização das grandes propriedades; a expropriação completa das indústrias; a entrega da direção das empresas a nomes indicados pelos sindicatos; o confisco das colheitas, exceto para consumo próprio; a regulamentação da produção e do consumo; o racionamento generalizado (foram estabelecidas cotas de consumo de leite, pão e lenha para cada família); a mobilização da polícia política para punir os infratores; a nacionalização de toda empresa estrangeira que possuísse pelo menos cinco operários.
         Entre 1918 e 1921, a Rússia viveu uma guerra civil provocada pela oposição ao bolchevismo, que contava com o apoio de países capitalistas; estes formaram o Exército Branco, que lutou conta o Exército Vermelho, comandado por Trotski. Após a vitória do Exército Vermelho, consolidava-se o regime socialista russo.
          Em fevereiro de 1921, Lenin criou a Comissão Estatal para Planificação Econômica (Gosplan), responsável por gerenciar a economia; no mês seguinte, organizou uma série de reformas conhecida por Nova Política Econômica (NEP), com as quais pretendia adotar medidas liberalizantes --- de caráter capitalista --- na economia socializada da Rússia, para elevar a produção e melhorar a economia país. Os resultados da NEP são considerados positivos, pois reorganizaram as atividades agrícola e industrial.
         Em 1922, os Estados não russos foram integrados a República Socialista Soviética Russa. Dois anos depois, uma nova constituição instituiu a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. (URSS)
          A morte de Lenin, em janeiro de 1924, provocou uma disputa interna pelo poder, que significou um confronto entre propostas divergentes para a condução do processo revolucionário. Trotski defendia a revolução permanente e a internacionalização da revolução, para garantir o sucesso do socialismo.
         Joseph Stalin, outro líder da disputa, propunha que o socialismo deveria ser construído em um só pais, assim a URSS se transformaria em uma potência capaz de se proteger sozinha.

GOVERNO STALIN (1929-1953)
             
Stalin conquistou grande influência no Partido Comunista da União Soviética e, agindo de forma arbitrária e autoritária, impôs sua tese às bases partidárias, garantindo a vitória. Neutralizando os concorrentes, assumiu total controle sobre o Estado e tornou-se ditador da União Soviética. 
Durante seu governo, Stalin estruturou um gigantesco sistema de repressão contra toda a oposição, até mesmo contra antigos companheiros de Lenin e dele próprio, como Trotski e Kamenev.
            Estima-se que entre 500 mil e um milhão de pessoas tenham sido mortas a mando de Stalin. Consolidava a ditadura, o líder soviético iniciou uma hábil campanha propaganda e culto à personalidade.
        Stalin substituiu a NEP pelos planos quinquenais, com objetivos ou metas econômicos a serem atingidas em 1939, dois os planos quinquenais já haviam sido aplicados, ambos com esforços de expansão  da indústria pesada. A coletivização forçada da agricultura resultou na extinção das pequenas e médias propriedades que haviam sido autorizadas pela NEP. Foram instaladas as kolkhozes, cooperativas produção, menos a terra, pertencia aos trabalhadores soviéticos morreu nas obras ou em consequência do processo de coletivização forçada.
        A Revolução Vermelha russa (outubro de 1917) e seus desdobramentos abalaram o mundo capitalista, pois, pela primeira vez na história, uma revolução desse tipo conseguia instituir um governo não capitalista de longa duração --- ao contrário da Comuna de Paris, cuja existência foi efêmera. 
          A partir daí, os países capitalistas passaram a se preocupar cada vez mais com o avanço do socialismo.

A REVOLUÇÃO CHINESA (1949)
       
O século XX na China iniciou-se com a tentativa de derrubada de valores de dominação e exploração do povo chinês, submetido, desde o século XIX, a várias potências imperialistas, especialmente a partir da Guerra do ópio (1841). Essa exploração encontrou apoio nos mandarins, funcionários do Estado imperial, e senhores de terra. Baseando-se na filosofia de Confúcio, que pregava o respeito à autoridade e à hierarquia e o culto ao passado, mantinham as tradicionais estruturas dos privilégios, o que favorecia dominação.
A revolta dos Boxers (1898-1901), embora fracassada, foi uma dessas tentativas, despertando o descontentamento geral, a chama revolucionária e a conscientização da população de que a dinastia Manchu, que então governava a China e cooperava com a dominação internacional, era a responsável pela miséria do país.
Em 1911, em meio à ebulição sociopolítica, foi proclamada a República chinesa, que, entretanto, quase nada pôde fazer diante das potências imperialistas que ocupavam o país. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, o domínio das potências imperialistas foi encabeçado pelo Japão, enquanto o governo republicano liderado por Sun Yat-Sen, do partido Nacionalista (Kuomintang), sofria sucessivas pressões regionais pela autonomia, provocadas pelos chefes militares locais, além do contínuo domínio internacional.
Em 04 de maio de 1919, três mil estudantes universitários marcharam pelas ruas de Pequim, manifestando-se contra a aceitação, por parte do governo, das humilhantes exigências feitas pelo Japão sobre a china e concedidas no tratado de Versalhes. Os estudantes foram logo apoiados por outros setores que promoveram greves e manifestações em todo o país. Uma delas ocorreu em 1920, em Xangai, influenciada pela revolução socialista russa, enquanto era fundado o partido Comunista Chinês (PCC), que contava com a participação de Mao Tse-tung.
No início da década de 20, o governo do Kuomintang conviveu com o Partido Comunista Chinês, que crescia vertiginosamente, e também, sem grandes atritos com a União Soviética. O objetivo imediato do governo era a unificação nacional e as lutas contra a autonomia dos senhores locais e as potências imperialistas. Para isso, contava com o apoio dos comunistas.
A partir de 1925, porém, Chiang Kai-shek assumiu o comando das tropas do Kuromintang e iniciou uma política agressiva, contra o Partido Comunista, rompendo a frente única. Foi apoiado pelos chefes militares locais, temerosos da efervescência popular e do PCC, pelas potências imperialistas, que passaram a ver o Kuomintang como vital para o futuro da China. Este esmagou pela força o movimento popular urbano.
      Diante das derrotas sofridas nas cidades de Xangai e Pequim, o Partido Comunista, sob a liderança de Mao Tse-tung e Teh, retirou-se para o anterior do país a fim de organizar suas bases de apoio. Em 1931, foi proclamada a República Soviética da China, em Kiangsi, no leste do país.
       A unidade do país era mantida por Chiang Kai-shek à custa de uma série de acordos com os chefes militares locais, que, possuidores de independência parcial, comprometiam o próprio governo nacional. A partir de 1930, a crise e as indefinições cresceram, originando uma guerra civil. Aproveitando-se da fragilidade chinesa do Japão invadiu a Manchúria, em 1931, e estabeleceu um Estado satélite – o Manchukuo – no Norte do país. O Kuomintang passou a sofrer dupla pressão: do imperialismo japonês e da ameaça comunista no interior do país.
       Em 1934, os nacionalistas organizaram uma grande campanha militar para esmagar os comunistas. Fugindo das tropas do Kuomintang os cem mil homens do Exército Popular de Libertação, liderados por Mao, percorreram dez mil quilômetros a pé – a Longa Marcha (1934-1935) -, restando ao fim de um ano apenas nove mil. Transformado no líder dos vermelhos, Mao Tse-tung foi escolhido para secretário-geral do PCC, sendo assessorado por Lin Piao e Chou Em-Iai.
       Diante do insistente avanço japonês, Mao Tse-tung propôs a organização de uma nova frente única – Kuomintang e PCC-, o que levou a um acordo, concluído em 1937. Até o final da Segunda Guerra Mundial, essa frente deu ao PCC o controle de parte do exército chinês, além de uma crescente popularidade, ao denunciar a corrupção das tropas de Chiang Kai-shek.
       Com a capitulação do Japão na Segunda Guerra Mundial, em agosto de 1945, Chiang Kai-shek decreta, em 04 de julho de 1946, uma mobilização nacional, a fim de eliminar definitivamente o “perigo vermelho”. Contando com o apoio norte-americano, que lhes fornecia militares e financeiros,Chiang Kai-shek passou a ser visto pelos chineses como um “cúmplice do estrangeiro”.
      Enquanto isso, a União Soviética envolvida com seus próprios problemas de pós-guerra, adotava com a China uma política ambígua e hesitante, deixando sem apoio os guerrilheiros do Exército Popular de Libertação, que, mesmo assim, continuaram avançando e atacando o Kuomintang.
      O exército do PCC foi ganhando terreno, até que,em janeiro de 1949, entrou vitorioso em Pequim, e, em 10 de outubro, foi proclamada a República Popular da China. Chiang Kai-shek e seus seguidores refugiaram-se na ilha de Formosa (Taiwan), onde instalaram o governo da China Nacionalista, que recebeu forte apoio norte-americano durante a guerra da Coréia e toda a Guerra fria. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos isolaram a China, negando-lhe reconhecimento diplomático e intercâmbio econômico.

REVOLUÇÃO CUBANA (1960)

      Depois da independência (1898) da Espanha, Cuba foi colocada sob a influência dos Estados Unidos, através da Emenda Platt, em 1901. Em 1934, Fulgêncio Batista assumiu o poder e passou a governar segundo interesses do imperialismo estadunidense.
       Em 1952 por meio de um golpe de Estado, Fulgêncio Batista instalou no país uma ditadura.
       Em 1953, UM GRUPO DE REBELDES CHEFIADOS POR Fidel Castro Ruiz tentou tomar o poder por meio de um golpe contra Batista. A tentativa resoltou em fracasso, e Fidel Castro foi preso.
       Libertado em 1955, Fidel Castro exilou-se no México, onde se uniu a outros exilados cubanos e organizou o retorno à ilha. No grupo de rebeldes, constituído por menos de 90 homens, destacava-se o médico argentino Ernesto Guevara de la Serra (Conhecido por Che).
        No fim de novembro de 1956, o grupo partiu do México em destino a Cuba, onde iniciou a revolução para a tomada poder.
        Depois de dois anos de conflito, Fulgêncio Batista fugiu para a República Dominicana; no dia seguinte, os revolucionários entraram em Havana.
       Fidel Castro assumiu o controle do Estado e do exército revolucionário, nacionalizou empresas estrangeiras e promoveu a reforma agrária; depois de expropriar terras da oligarquia cubana e de empresas estadunidenses.
       Em janeiro de 1961, os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com Cuba; em abril, exilados cubanos treinados pela CIA, tentaram invadir Cuba e derrubar Fidel. A fracassada tentativa de invasão na Baía dos Porcos acelerou o rompimento definitivo do governo cubano com o mundo capitalista. Em dezembro de 1961, Fidel anunciou a adesão de Cuba ao socialismo, aproximando-se da União Soviética. Em 1962, a tentativa de instalação de mísseis soviéticos em Cuba gerou um dos momentos mais tensos da Guerra Fria, na chamada Crise dos Mísseis. A questão foi resolvida com o compromisso soviético de não instalar armas em solo cubano, enquanto do lado dos Estados Unidos o governo assumiu o compromisso de não mais tentar intervir militarmente em Cuba.


Os Primórdios do Socialismo

Os primórdios do socialismo
Prof.: Gonçalo Francisco de Pontes Filho
            Vinculados ao movimento cartista surgiram os socialistas, propondo a criação de uma sociedade baseada na cooperação, e não na competição, um sistema socioeconômico em que a produção e a distribuição de bens seriam planejadas para o bem geral da sociedade.
            Alguns socialistas, classificados como utópicos, esboçaram modelos para um mundo melhor. Eles foram assim chamados por não terem criado uma doutrina organizada, visando a destruição da sociedade capitalista.
O Socialismo Utópico
            Saint-Simon (1760-1825),socialista francês, renunciou a seu título de nobreza durante a Revolução Francesa, mas, segundo ele, a filosofia iluminista, embora tivesse ajudado a destruir a ordem antiga, não proporcionara uma orientação para a reconstrução da sociedade. Ele tomou para si a missão de construir a nova sociedade, oferecendo uma compreensão clara da nova era a ser modelada pela ciência e pela indústria.
            A nova sociedade, diferente da propiciada pela igreja na Idade Média, deveria nascer do conhecimento científico. Cientistas, industriais, banqueiros, artistas e escritores substituiriam clérigos e aristocratas na elite governante. O clero tradicional, tendo colocado o dogma acima da lei moral, perdera o direito de liderar a Europa naquela nova era, e um novo clero, inteiramente a par do conhecimento científico instruiria os fiéis a amarem uns aos outros. Haveria um novo cristianismo, despojado de mitos e dogmas, ajustando à nova era da ciência, unindo espiritual e moralmente todos os povos da Europa.
            Charles Fourier (1772-1837), outro socialista francês, acreditava que a infelicidade humana devia-se ao conflito entre as necessidades naturais do homem e a disposição da sociedade de então. Enquanto Saint-Simon e seus adeptos pensavam em reorganizar a sociedade em grande escala - grandes indústrias, gigantescas estradas de ferro e sistemas de canais -, Fourier idealizava pequenas comunidades, nas quais homens e mulheres pudessem desfrutar de prazeres simples e satisfazer suas verdadeiras necessidades humanas. Nessas comunidades, chamadas falanstérios, todos trabalhariam em tarefas que lhes interessassem e produziriam para si e para os outros. Dinheiros e bens não seriam distribuídos igualmente, aqueles com dotes especiais e responsabilidades seriam recompensados de acordo, isso para que as pessoas tivessem um desejo natura de ser reconhecidas por suas realizações.
            Fourier apoiava a igualdade entre os sexos. As mulheres, tanto quanto os homens, deveriam escolher seus empregos. O casamento seria pura brutalidade, por negas as necessidades sexuais da maioria de homens e mulheres, cuja natureza, se rebelava contra a monogamia estrita. As pessoas casadas, tendo de devotar todas as suas energias e todo o seu tempo à casa e/ou à familia, não podiam desfrutar dos prazeres da vida nem se ocupar com outros seres humanos. Para Fourier, as pessoas deveriam escapar da monotonia pela mudança, não só de ocupação como também de amores. A familia iria desaparecer por sua própria conta quando os homens e mulheres descobrissem novos modos de satisfazer suas necessidades sexuais e a comunidade assumisse a responsabilidade pela educação das crianças. Em 1840, cerca de 29 comunidades fourieristas estavam estabelecidas nos Estados Unidos, mas a sua duração foi curta.
            Robert Owen (1771-1858) tornou-se, em 1779, coproprietário e gerente da fábrica de tecido de algodão New Lanark, na Escócia, penalizado com os maus-tratos frequentemente infligidos aos trabalhadores aumentou os salários, melhorou as condições de trabalho, providenciou-lhes moradia, alimentação e vestuário a preços razoáveis, e recusou-se a contratar crianças menores de 10 anos. Além disso, forneceu oportunidades educacionais para as crianças e iniciou um programa de ensino para os adultos.
            Owen quis assim demonstrar que um melhor tratamento dispensado aos trabalhadores não era incoerente com os lucros. Mais felizes e mais saudáveis, eles produziriam mais. Ele acreditava que a ordem social e econômica de então, fundada na competição, deveria ser substituída por um sistema baseado na vida harmoniosa em grupo. Estabeleceu uma comunidade modelo em New Harmony, Indiana, nos Estados Unidos, mas essa experiência terminou em fracasso.
PENSANDO A REVOLUÇÃO INTERNACIONAL
            No manifesto Comunista de 1848, além de identificar a situação de contestação política na Europa, Marx também procurava decifrar a lógica das lutas sociais da classe operária e de diversas outras classes sociais ao longo da História.
            As lutas políticas do século XIX foram objeto de suas análises em diversos outros escritos. No lugar das vagas e abstratas definições de povo e população, Marx e Engels preferiram recorrer à categoria classe social. No lugar de apelo nacionalista, formularam uma palavra de ordem internacionalista: “Operários de todo o mundo, uni-vos!”
O Socialismo Científico
            No manifesto Comunista de 1848, Marx e Engels defendiam a construção de uma sociedade igualitária, na qual as riquezas seriam divididas entre todos os seus integrantes e sob o controle dos trabalhadores.
            Ao contrário dos grupos que ainda acreditavam que a tomada do poder poderia se realizar pela participação dos trabalhadores nas eleições e por meio de medidas graduais, Marx e Engels apoiavam o assalto do poder através da organização da classe trabalhadora. Para eles, as reivindicações econômicas, além de necessárias para a sobrevivência do trabalhador, tinham como objetivo despertar a consciência de classe do proletariado aos interesses eram contrários aos interesses da burguesia e jamais seriam satisfeitos numa sociedade capitalista.
            Seus trabalhos serviam como orientação geral para diversas lideranças do movimento operário, que passaram a se autodeterminar comunistas. Ao longo do século XIX, ao mesmo tempo em que as lutas operárias eram mais constantes, as análises teóricas sobre o capitalismo tornavam-se mais profundas. Os escritos de Marx acabaram por formar uma importante corrente de pensamento: o marxismo.
            Para os marxistas, a história da humanidade era movimentada pela luta de classes. Na antiguidade, os escravos lutavam contra seus senhores. Na Idade Média, os servos contra os senhores feudais. Na época contemporânea, os trabalhadores contra a burguesia.
            No capitalismo, de um lado, estaria a burguesia, que concentrava em suas mãos os capitais e a tecnologia; de outro, o proletariado, responsável pela produção e que tomaria o poder.
            Os marxistas defendiam que após a derrota da burguesia pela ação política do proletariado, a sociedade seria radicalmente modificada, No lugar da propriedade privada, a propriedade coletiva, nas mãos de um Estado dirigido pelos representantes dos trabalhadores. No lugar da sociedade capitalista, uma sociedade socialista.
            O socialismo era encarado como um momento intermediário até se chegar ao comunismo, quando não haveria mais necessidade do Estado. Além disso, no mundo comunista, homens e mulheres viveriam livres, numa sociedade sem classes, em completa igualdade, e poderiam realizar plenamente suas potencialidades. Para Marx, o comunismo marcaria o início da História da humanidade. Até então, os seres humanos teriam vivido na sua pré-história.
            A emancipação proletária marcaria o início de uma nova aurora para os seres humanos. Seria o fim daquele imenso vale de lágrimas em que o mundo se transformara aos sofrimentos e violências.
O Anarquismo
            Como os marxistas, os anarquistas protestavam conta a exploração dos trabalhadores e exigiam a extinção da propriedade privada. Mas, ao contrário dos marxistas, que previam o fim do Estado após a derrubada do capitalismo, eles exigiam sua destruição imediata. “Eu não quero nem dar nem receber ordens.” Essa frase do filósofo, iluminista Diderot, inspirou grande parte dos líderes do anarquismo. Os anarquistas propunham uma sociedade igualitária, em que a propriedade fosse coletiva, não houvesse patrões nem operários e todos trabalhassem e se divertissem com liberdade. Para eles, a sociedade capitalista deveria ser transformada por uma revolução que eliminasse as diferenças sociais e a propriedade privada.
            Pierre Joseph Proudhon (1809-1865), francês e inspirador do movimento anarquista, defendia a criação de uma nova sociedade, que ampliasse a liberdade individual e livrasse o trabalho da exploração do capitalismo industrial. Nessa nova ordem social, constituída pela organização dos operários, as pessoas tratariam com justiça seu próximo e desenvolveriam seu potencial. Uma sociedade assim não requeria um governo que somente alimentasse privilégios e suprimisse a liberdade. Reverenciado pelos anarquistas de todo o mundo, tornou célebre a formulação que viria a ser um dos grandes lemas do movimento operário: “A propriedade é um roubo”.
           Outro grande representante do anarquismo foi o russo Mikhail Bakunin (1814-1876). Enquanto Marx sustentava que a revolução seria feita pelos operários nos países industriais, Bakunin desejava que os oprimidos de todas as classes, incluindo os camponeses, se revoltassem.

          Bakunin temia que os marxistas, após terem derrotado o capitalismo e tomado o poder, se tornassem os novos exploradores. Uma vez no poder, eles se converteriam em uma minoria privilegiada de ex-trabalhadores, que, com o poder nas mãos, passariam a representar a si mesmos e a defender seus interesses. Para Bakunin, o Estado deveria ser destruído pelos trabalhadores imediatamente após a revolução.

Crise de 1929











quarta-feira, 28 de junho de 2017

62 - O segundo Governo Vargas - História - Ens. Médio - Telecurso

25 - Da Revolução de 1930 ao Estado Novo - História - Ens. Fund. - Telec...

https://youtu.be/4t2h5GgNb3M

ERA VARGAS - 1930-1945

https://youtu.be/JRZ2AYFYLaU

Getúlio Vargas Documentário

Um Cientista, uma história | Episódio 5: Aziz Ab'Saber

https://youtu.be/TWkFTBw98nU

Um Cientista, uma história | Episódio 1: Santos Dumont

Um Cientista, uma história | Episódio 11: Oswaldo Cruz

https://www.youtube.com/watch?v=m8-MvTGtzH8

Exercicio de Apoio para o ENEM

   EXERCÍCIO DE APOIO

01. A exaltação e glorificação do homem, colocado no centro de todos as preocupações e da produção no artístico, cientifico e filosófico no final da Idade Média e no inicio da Idade Moderna. Estamos falando:


(A) Antropocentrismo
(B) Mecanismo
(C) Racionalismo
(D) Teocentrismo
(E) Universalismo




02. Foi um dos expoentes da ciência renascentista, que rompeu com a visão aristotélica de um mundo estático, sugerido a ideia de  um universo infinito foi torturado é queimado vivo na fogueira Inquisição.


(A) Galileu Galilei
(B) Giordano Bruno
(C) Leonardo da Vinci
(D) Nicolau Copérnico
(E) Thomas Morus


03. Em Wittemberg, na Alemanha, um monge agostiniano considerou a venda de indulgência uma        pratica inaceitável e elaborou uma lista com 95 teses, pelas quais explicava por que era contrariado a pratica. Estamos falando de:


(A) Henrique VIII
(B) João Calvino
(C) Leonardo da Vinci
(D) Martinho Lutero
(E) Nicolau Copérnico.


04.  O Renascimento e a Reforma Religiosa tiveram inicio respectivamente:

(A)  Na Itália e na Alemanha;
(B)  Na França e na Itália;
(C)  Na Alemanha e na Itália;
(D)  Na Espanha e na França;
(E)  No Brasil e na Alemanha.


05.  (UEL) Considere os itens adiante:
I. “... a busca da perfeição no retratar o homem levou a uma simbiose entre arte e ciência, desenvolvendo-se estudos de anatomia, técnicas de cores, perspectivas...”
II. “... o teocentrismo, o coletivismo, a tradição marcaram as obras de arte do período e estiveram presentes na pintura, na arquitetura e na escultura...”
III.“... procuram explicar o mundo através de novas teorias, fugindo às interpretações religiosas típicas do período anterior. O grande destaque é a utilização do método experimental...”
O Renascimento é identificado em:

(A)   Somente II.
(B)   Somente I e II.
(C)   Somente I e III.
(D)   Somente II e III.
(E)   I, II e III.


06 - (ENEM) A Revolução Industrial ocorrida no final do século XVIII transformou as relações do homem com o trabalho.As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se em regiões próximas às matérias-primas e grandes portos, originando vastas concentrações humanas. Muitos dos operários vinham da área rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas, na maioria das vezes em condições adversas. A legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao longo do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias concretizou-se no início do século XX.
Pode-se afirmar que as conquistas no início deste século, decorrentes da legislação trabalhista, estão relacionadas com:
(A) a expansão do capitalismo e a consolidação dos regimes monárquicos constitucionais.
(B) a expressiva diminuição da oferta de mão-de-obra, devido à demanda por trabalhadores especializados.
(C) a capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses.
(D) o crescimento do Estado ao mesmo tempo que diminuía a representação operária nos parlamentos.
(E) a vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais européias.

07 - (Cesgranrio) Ao longo do século XIX, a difusão da Revolução Industrial alterou as condições de vida nas diversas áreas atingidas pelo processo de industrialização, o que fez surgirem novas concepções e doutrinas comprometidas com o desenvolvimento ou com a reforma da sociedade capitalista.
Dentre as propostas dessas doutrinas sociais, identificamos corretamente a:
(A) crítica da propriedade privada, formulada pelo Marxismo;
(B) submissão integral do trabalhador ao capital, expressa na doutrina social da Igreja, a Rerum Novarum;
(C) defesa da livre associação dos trabalhadores em corporações e sindicatos profissionais, propostas pelo Liberalismo doutrinário;
(D) subordinação do cidadão a um Estado totalitário, pregada pelo movimento anarquista;
(E) opção pela democracia partidária, defendida pelos socialistas utópicos, sendo o sufrágio universal censitário o único meio de o proletariado alcançar o poder.

08 - (UFPE) Sobre o Socialismo Utópico e o Socialismo Científico, assinale a alternativa correta.
(A) para o Socialismo Científico o surgimento de uma sociedade sem classes se daria pela união e triunfo do proletariado e para os socialistas utópicos pela assistência do Estado, pela associação dos trabalhadores, pela ação revolucionária e pelo anarquismo.
(B) O pensamento dos socialistas utópicos como Fourier e Proudhon não influenciou as revoluções do século XIX.
(C) para o Socialismo Científico a igualdade social só seria possível se o sistema econômico fosse privatizado.
(D) O Socialismo Científico defendido por Thomas Morus em seu livro Utopia teve como base a teoria socialista de Karl Marx.
(E) Os socialistas utópicos foram líderes da comuna de Paris em 1870 na França.

09 - (Unirio) “A nacionalidade é o que justifica ou que postula a existência de uma nação. Uma nacionalidade é um grupo humano que aspira a formar uma nação ou a fundir-se, por motivos de afinidade, com uma nação já existente”. (Henri Berr)
Foram características dos diversos nacionalismos europeus, no século XIX:
(A) busca de identidade histórica e a aspiração a um estado nacional.
(B) defesa da unidade lingüística e lutas sociais do operariado.
(C) estímulo às tradições e forma de governo republicano.
(D) expansão industrial e imperialismo colonial.
(E) formação de estados plurinacionais e governos monárquicos.

10 - (UMESP-SP) “Colonizar é relacionar-se com os países novos para tirar benefícios dos recursos de qualquer natureza destes países, aproveitá-los no interesse nacional, e ao mesmo
tempo levar às populações primitivas, que delas se encontram privadas, as vantagens da cultura intelectual, social, científica, moral, artística, literária, comercial e industrial, apanágio
das raças superiores. A colonização é, pois, um estabelecimento fundado em país novo para uma raça de civilização avançada, para realizar o duplo fim que acabamos de indicar”. (MÉRGINHAC, Précis de législation et d‘economie coloniales. Paris, 1912, citado em LINHARES, Maria Yeda. A luta contra a metrópole (Ásia e África: 1945 - 1975). 4.ed. São Paulo, Brasiliense, 1986. p. 35, 36)
O texto reflete a visão européia do colonialismo efetuado sobre a Ásia e a África no decorrer do século XIX, resultado do expansionismo do capitalismo industrial-financeiro. Neste texto:
(A) estão explícitas as concepções de superioridade da raça branca e da civilização européia e do direito e dever de colonizar.
(B) está presente a idéia da colonização como elemento essencial para o desenvolvimento econômico da Europa, da Ásia e da África.
(C) o autor procura mostrar a preocupação dos colonizados em preservar a cultura dos povos colonizados
(D) parte-se do princípio da igualdade, para garantir aos europeus o direito e o dever de colonizar países mais atrasados.
(E) percebe-se que o autor vê o colonialismo europeu como um elemento de desequilíbrio e atraso para as nações colonizadas.


11.  Líder dos Bolcheviques na Revolução Russa de outubro de1917 e assumiu o poder logo após a Revolução de outubro?
(a) Nicolau II;
(b) Kerenaky;
(c) Lênin;
(d) Mao Tse-Tung;
(e) Stalin.

12.  Foi o líder da Revolução Cubana  foi :
(a) Fidel Castro;
(b) Lenin;
(c) Nicolau II;
(d) Mao Tse-Tung;
(e) João Batista.

13.  Não pode se apontado como causa de revolução como causa de Revolução Russa de outubro de 1917.
(a) A entrada da Rússia na 1ª Guerra;
(b) A desigualdade social e étnica;
(c) A exploração das massas operaria;
(d) Os trabalhadores rurais pagavam pesados impostos;
(e) A saída da Rússia da 1ª Guerra.

14.  Pela Emenda Platt, do senado norte americano, de 1901, na Constituição Cubana, autorizava que:
(a) A OEA poderia intervir militarmente em Cuba.
(b) A URSS tinha os direitos economia e políticos sobre a ilha de Cuba.
(c) Os Estados Unidos poderiam invadir Cuba para assegurar a independência de Cuba.
(d) A Guerra Fria estava iniciada.
(e) As nações capitalistas poderiam invadir a ilha.

15.  O Grande Salto para a frente criado por Mao Tse tung estabelecia:
(a) um amplo projeto agrícola para superar a demanda de consumo do país.
(b) um projeto de desenvolvimento da China em um prazo de dez anos.
(c) assumir o controle do Socialismo, ultrapassando o poderio soviético.
(d) um projeto educacional encabeçado pelos jovens universitários para erradicar o analfabetismo chinês.

16 - (Uel-PR) Ao tipo de Estado criado por Mussolini, cuja organização estava fundamentada no sistema de sindicatos patronais e de trabalhadores, deu-se o nome de:
(A) democrático.
(B) republicano.
(C) oligárquico.
(D) parlamentar.
(E) corporativo.

17 – Leia as afirmação abaixo:
1. “Ao contrário das velhas organizações que vivem fora do Estado, nossos sindicatos fazem parte do Estado.”(Mussolini)
2. “Defender os produtores significa combater os parasitas. Os parasitas do sangue, que são os socialistas, e os parasitas do trabalho, que podem ser burgueses ou socialistas.” (Mussolini)
3. Tenho a sublime esperança de que chegará a hora em que essas tropas desordenadas se transformarão em batalhões, os batalhões em regimentos em divisões.”(Hitler)
4. “Aqueles que dominam devem saber que têm o direito de dominar porque pertencem a uma raça superior.”(Hitler)
Nas citações acima, encontramos algumas das principais características do fascismo e do nazismo. Identifique-as, pela ordem, em uma das alternativas abaixo.
(A) Expansionismo, nacionalismo, romantismo, idealismo.
(B) Corporativismo, anticomunismo, militarismo, racismo.
(C) Totalitarismo, socialismo, paramilitarismo, anti-semitismo.
(D) Liberalismo, comunismo, pacifismo, corporativismo.
(E) Trabalhismo, não-intervencionismo, industrialismo, anti-semitismo.

Responda às questões 18 e 19 tendo em vista a transcrição da parte do discurso proferido pelo Presidente Franklin Roosevelt no “Commonwealth Club” em São Francisco, no dia 23 de setembro de 1932. “Dizem-me alguns dos meus amigos que não desejam a intromissão do Governo nos negócios, com o que eu concordo. Mas eu perguntaria se eles percebem as conseqüências do passado. Pois, embora teoria e não interferência do Governo nos negócios, a sua ausência de competição com as empresas privadas, seja uma doutrina americana, ainda vigora a tradição pela qual o mundo dos negócios recorre ao Governo para que este coloque todas as formas de auxílio governamental à disposição dos interesses particulares. Da mesma forma que se extinguiu a liberdade de apropriação de terra, estreitaram-se as oportunidades no campo dos negócios. É verdade que ainda existem homens capazes de começar com pequenas empresas, confiando na sua sagacidade e na habilidade para se defender contra os competidores; mas é cada vez maior o número de áreas que têm sido compradas, por preempção, pelas grandes companhias; e mesmo nos setores ainda sem grandes atividades
monopolistas, o homem pequeno começa em desvantagem. Nossa tarefa agora é (...) procurar estabelecer os mercados externos para a produção excedente, enfrentar os problemas
do subconsumo, distribuir a riqueza e os produtos de forma mais eqüitativa, adaptar as organizações econômicas existentes a serviço do povo. É chegado o momento da administração esclarecida”.

18 - No seu discurso, Roosevelt advoga:
(A) atualização dos recursos públicos no auxílio das empresas privadas como forma de estimular o crescimento global da economia.
(B) o fortalecimento dos grandes grupos econômicos como meio de alcançar o efetivo desenvolvimento das forças produtivas.
(C) a estatização dos setores essenciais da economia, a fim de garantir a democratização na prestação de serviços à população.
(D) a necessidade da intervenção estatal na economia como forma disciplinar a atuação da iniciativa privada e garantir os interesses públicos.
(E) a concentração da renda nas mãos dos empreendedores capitalistas, capazes de acelerar a produção e combater as crises periódicas.

19 - Promovendo um confronto entre as idéias apresentadas por Roosevelt e o atual discurso neoliberal, é correto concluir que, exceto:
(A) os pequenos e médios produtores saem prejudicados na competição com grandes empresas já estabelecidas e que dominam o mercado.
(B) a iniciativa individual fica sufocada e as leis de mercado neutralizadas diante da crescente oligopolização da economia capitalista.
(C) os capitalistas, de forma genérica, recorrem à proteção do Estado, visando a seus interesses particulares de aceleração da reprodução do capital.
(D) a intermediação governamental é necessária para se obter uma distribuição mais justa da riqueza gerada e o atendimento dos serviços essenciais.
(E) a planificação da economia, sob a tutela do Estado, torna-se fundamental para se manter o equilíbrio entre produção e consumo.

20 - (Enem) Leia um texto publicado no jornal Gazeta Mercantil. Esse texto é parte de um artigo que analisa algumas situações de crise no mundo, entre elas, a quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929, e foi publicado na época de uma iminente crise financeira no Brasil. Deu no que deu. No dia 29 de outubro de 1929, uma terça-feira, praticamente não havia compradores no pregão de Nova Iorque, só vendedores. Seguiu-se uma crise incomparável: o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos caiu de 104 bilhões de dólares em 1929, para 56 bilhões em 1933, coisa inimaginável em nossos dias. O valor do dólar caiu a quase metade. O desemprego elevou-se de 1,5 milhão para 12,5 milhões de trabalhadores - cerca de 25% da população ativa - entre 1929 e 1933. A construção civil caiu 90%. Nove milhões de aplicações, tipo caderneta de poupança, perderam-se com o fechamento dos bancos. Oitenta e cinco mil firmas faliram. Houve saques e norte- americanos passaram fome. (Gazeta Mercantil, 05/01/1999)
Ao citar dados referentes à crise ocorrida em 1929, em um artigo jornalístico atual, pode-se atribuir ao jornalista a seguinte intenção:
(A) questionar a interpretação da crise.
(B) comunicar sobre o desemprego.
(C) instruir o leitor sobre as aplicações em bolsa de valores.
(D) relacionar os fatos passados e presentes.
(E) analisar dados financeiros americanos.


Gabarito:
01 – A
02 – A
03 – D
04 – A
05 – C
06 – A
07 – A
08 – A
09 – A
10 – A
11 – C
12 – A
13 – E
14 – C
15 – D
16 – E
17 – B
18 – D
19 – E
20 – D